A vida num turbilhão

Quando caímos numa onda de dois metros somos envolvidos pelo turbilhão criado pela rebentação da mesma .Por vezes nem sabemos para que lado é a que devemos nadar para vir á tona.
O melhor nessas situações é deixar-nos flutuar pois o corpo acaba por tomar o rumo certo. É apenas necessário tem folego para aguentar o tempo em que estamos submersos.
Na vida quando entrámos numa situação de turbilhão de emoções, boas ou más , por vezes o deixarnos levar não é a solução. Nesse casos pode fazer com que ainda nos afundemos cada vez mais.
Há cerca de tres meses cometi um erro financeiro que fez com que ficásse apertado e em alguns casos não pagasse prestações de compras que fiz enteriormente.
Tentei pagar tudo da melhor forma mas na verdade as que ficaram por pagar foram-me empurrando cada vez mais para o fundo.
Neste momento estou em maus lençois , sem soluções para os casos e com ultimátos por parte das entidades a quem devo.
Nunca pensei chegar a este ponto.Quando me meti nas coisa fiz bem as contas para que nada falhásse,mas tinha que acontecer algo de errado para me pôr completamente desnorteado.
As tentativas que fiz para solucionar os problemas não deram certo, e as soluções esgotam-se.
Pior do que andar sem dinheiro , só mesmo andar sem dinheiro e dever a certas pessoas.
Não sou muito crente , acredito nas coisa palpáveis , mas se os milagres existem então que me aconteça um,pois estou bem a precisar.

O maior prazer da vida

Para mim , ser pai é o maior prazer da vida.
Quando o fui há oito anos atrás , tive uma explosão de alegria indescritivel.Recordo-me como se fosse hoje do dia
..
. do nascimento do meu menino.
A minha esposa (na altura ) tinha dado entrada no hospital no dia anterior, e quando na manhã seguinte voltei ao hospital , o medico que a assistiu virou-se para mim dizendo que o parto seria atravez de cesariana , não sendo muito recomendável assitir .Tive pena , mas se assim o era aceitei e saí. Sugeriu-me que voltásse a uma certa hora , estando provavelmente tudo terminado nessa altura .
Como a ansiedade era muita a unica coisa que me acalmou durante esse tempo foi uma surfada numa das praias de Gaia,que eram as mais próximas do hospital.
Aí estive calmo , relaxado , não pensando em demasia no assunto, mas volta e meia olhava para o relogio para estar no hospital á hora marcada.
Assim que pude entrar , tive um momento de aflição , quando ao entrar no quarto da minha ex. naõ vi o meu menino ao lado da mãe, mas logo me acalmaram dizendo que estava na incubadora por mera precaução.
Não descansei enquanto não o fui ver.
É impossivel não brotar uma lágrima no primeiro encontro, as emoções são demasiado fortes para resistir.
Foi um dia pleno de emoções , serenado apenas pelas duas horas de surf que fiz enquanto aguardava pela hora.
Se não fosse o surf , teria tido duas horas de sofrimento, e cheias de ansiedade.
Assim , tive o melhor momento da minha vida. Onascimento do meu filho Zé Pedro.

Em prol do bem

Tento fazer as coisa que me ocorrem na vida da melhor maneira.
Em várias situações talvez tenha medo de arriscar e deixo para trás podendo por vezes ter ido em frente,talvez me falte a coragem.
Isso ocorre devido a actos que tomei que não correram de melhor maneira e , agora tenho receio que voltem a acontecer.
A ultima foi a aquisição de um automóvel.
Pensei que estaria a melhorar o meu nivel de vida , pois sentia-me preso , sem poder deslocar-me , dependente dos outros . E coisa que não gosto de ser nesta idade é dependente.
Além disso poderia dar outra atenção ao meu filho, podendo-o levar para onde quisesse sem ter que dar satisfações.
Mas ao melhorar em algumas coisas , piorou noutras que consequentemente veio penalizar-me nas boas.
Agora tento remediar essas situações , tendo inclusive posto á venda o carro para poder comprar um mais barato, para poder ter menos despesa.
Tudo parece correr bem na venda até que na fase de pagamento as coisas parecem estar a complicar-se .
Tento fazer tudo direito, não engano, e por vezes ate sou um pouco inocente , mas o certo é que as coisas não me correm á feição.
não gosto de ser péssimista , pelo contrário , pois o péssimismo atraí mais péssimismo.
Mas gostaria que algo me corresse bem , para meu bem e para bem dos meus mais queridos que também sofrem com tudo isto.
Por sorte tenho o Mar que me faz esquecer todos estes problemas enquanto me dedico á pratica do meu mais querido desporto.O Bodyboard.

Trabalhar para aquecer

Toda a gente mais cedo ou mais tarde começa a trabalhar.
Uns, depois de terminar o seu curso superior, começam a fazer aquilo para o qual estiveram a estudar durante longos anos. A esses podemos dizer que fazem o que gostam , pois caso contrário não teriam feito o seu curso superior naquela área.
Outros deixam os estudos mais cedo e ingressam no mercado de trabalho por vezes sem muitos estudos.Alguns fazem o que gostam, ou no que têm realmente vocação para, outros fazem por necessidade,pois o dinheiro fala mais alto e cada vez mais é necessário.
já passei por vários empregos , nas mais variadas áreas e nem sempre foram as que realmente me davam mais prazer de fazer. Nestes ultimos anos interrogo-me se fiz bem em enverdar pela área onde estou , pois nem sempre fui feliz e além disso estive sempre muito preso.
Eu que gosto de liberdade e do outdoors, vejo-me fechado em establecimentos grande parte do dia e isto já lá vai há cerca de 9 anos.
Depois temos o ordenado.Se pelo menos fosse bem remunerado? nada mal, mas o problema é que por vezes acho que ando a trabalhar para aquecer.pois se quero algo para meu prazer fico com a corda na garganta durante uma temporada.Sem poder gozar uma noite com amigos , um fim de semana a surfar longe de casa, e por vezes até tenho que poupar nos almoços e levar umas sandóscas de casa .
Perdi o meu melhor fato de surf. Era um bem quente para os dias frios de Inverno.Agora nem sei quando poderei comprar um novo.
Por sorte a água tem estado a uma temperatura aceitavel para poder usar o meu suplente, que mais parece um queijo Suiço de tantos buracos ter.
E tudo isto faz-me pensar o que ando a fazer todo o mês para no final do mesmo levar uma treta de ordenado para casa e se for preciso já pouco ou nada me resta ao fim de 15 dias.

Tudo no seu devido tempo

Apesar de já estarmos no Outono, o calor ainda espreita por estas bandas.
já era tempo de termos tempo frio e chuvoso, e até já o tivemos , mas foi "sol de pouca dura" como se costuma dizer.
Eu cá tenho um certo sentimento de amor/ódio pelo Outono.
Deixei o verão para trás , os dias tornam-se mais curtos e sem possibilidade para gozar o dia depois do emprego , e ficamos um pouco deprimidos com tudo isso. Isto até os médicos o podem confirmar.
Mas no entanto , quando chega esta época , também sinto um prazer enorme , pois chegam as primeiras grandes ondulações , os ventos mais favoráveis, as ondas perfeitas e grandes simplesmente como eu gosto, assim como as praias ficam disprovidas de pessoas e até os surfistas de verão desistem de meter os pés na água, deixando para nós , amantes do surf (generalizando, pois sou bodyboarder) as boas ondas.
Mas o mal maior (para mim ) ainda é o trabalho que me prende o dia inteiro .
Fico triste quando saio de casa pela manhã , passo em frente ao "spot" e vejo ondas incriveis sem uma unica pessoa a disfrutar delas. E sei que quando sair do emprego já é noite e não poderei entrar na água.
Gostava de viver ao ritmo das marés .Acho que viveria mais feliz.